Apresentado na Ass. Municipal de 30 de Junho 06
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1. O turismo na Nazaré vive momentos conturbados com indicadores preocupantes. Os elementos envolvidos num sector de enorme importância como é o do Turismo, têm responsabilidades directas, por terem contribuído em larga escala para denegrir aquilo que em tempos era tido como um paraíso balnear.
2. Passado todos estes anos, a Nazaré vê-se confrontada com políticos que, em defesa do engrandecimento pessoal, projectam o nome da terra e até da região para as bocas do mundo e sempre pelas piores razões.
3. A discussão à volta da falésia e a sua projecção mediática são um exemplo paradigmático daquilo que um político não deve nunca fazer, sob pena de colaborar na despromoção de uma área que deveria ser de lazer e na despromoção de uma terra que tem na beleza natural e na hospitalidade das suas gentes a sua grande oferta turística. Que se conheça ninguém escolhe o Cabo Carvoeiro ou Espichel para práticas suicidas e sabe-se das condições que aquela zona reúne para semelhantes práticas. Acontece que ali os suicídios não são publicitados como o são aqui. Cabe a nós, defender aquilo que é nosso.
Considerando que a projecção política pode não corresponder à incomensurável dimensão do ego de cada um de nós.
Considerando que a Nazaré vive de uma boa imagem exterior.
Considerando que não devem ser os políticos a obstaculizar o desenvolvimento local, dado que a discussão pública de assuntos que envolvem algum melindre podem prejudicar a curto prazo a imagem da Nazaré.
Considerando todos estes itens e atendendo a que estamos à porta de mais uma época balnear pede-se a todos os intervenientes políticos locais que usem da contenção verbal sempre que estão em causa os altos valores nazarenos. Pede-se que ainda que subscrevam um compromisso de honra na tentativa de fazer valer esta condição, que não pretende calar uma oposição, mas sim valorizar uma terra, uma região.
Centrê-mo-nos pois no combate estritamente político e deixê-mo-nos de confabulações holliodescas com graves reflexos na economia local.
Esta moção deverá ser enviada a todos os agentes políticos da Nazaré que não tenham assento nesta assembleia, nomeadamente os presidentes das diferentes comissões partidárias.
(Manuel António Sequeira)
