quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Francisco Louçã defende o espaço público em S. Gião


(foto de Paulete Matos)
Francisco Louçã e Heitor Sousa visitaram a Igreja Visigótica de S. Gião, na Nazaré. Este monumento da responsabilidade do IGESPAR está fechado e abandonado desde há muito, apesar de já ter servido de estábulo ou arrecadação aos locais. Ver fotogaleria.

A visita permitiu comprovar as grandes dificuldades de acesso ao local, com centenas de buracos em poucas centenas de metros de terra batida. A Igreja está coberta com zinco e suportada por dezenas de escoras.

"Esta capela, identificada apenas nos anos 80, remonta ao séc. V como referem várias fontes", explicou Moisés Espírito Santo, relacionando este monumento a um de homenagem a Neptuno - Deus do Mar, para os Romanos.

O candidato à Assembleia Municipal da Nazaré, Fábio Salgado, afirmou que "esta peça do património nazareno, e o seu estado, são simbólicos do que representa para a Nazaré ter a autarquia com uma política de direita durante 16 longos anos". Acrescentou que "nesta área de Reservas Ecológica e Agrícola Nacionais, junto a este monumento e com as Dunas aqui ao lado, serão criados campos de golfe, resorts - o espaço público de alta qualidade é entregue ao domínio privado".

Francisco Louçã reconheceu a importância do local e da iniciativa da candidatura aos órgãos autárquicos da Nazaré. Declara que "estes grandes projectos aparecem sempre antes das eleições, prometendo mundos e fundos, milhares de empregos, quando na verdade a Nazaré precisa de uma política que respeite o que tem; que possa fixar pessoas. Por isto é tão importante que o Bloco possa eleger mais deputadas e deputados municipais e reforçar a sua intervenção na vereação".

No final da visita, António José Peixe, candidato à Câmara Municipal da Nazaré, reforçou a ideia de que "é urgente recuperar este edifício, até para recuperar parte da história desta região".

Já em resposta aos jornalistas presentes, Francisco Louçã diz que "onde parecia impossível que a esquerda tivesse expressão, o Bloco tornou elegeu o deputado para a Assembleia da República, Heitor Sousa". Acrescentou que este é "o princípio de uma grande mudança". Que exige "mais responsabilidade, mais política ambiental, mais política urbana, mais compromisso. Exige também mais defesa do passado, do património e, portanto, do presente e do futuro." O coordenador do Bloco de Esquerda acrescentou que está com "muita confiança nas próximas eleições."

Francisco Louçã concluiu que, sendo certo que há neste caso responsabilidade do Estado, o Bloco de Esquerda, intervirá sobre a Igreja de S. Gião, assim que o deputado eleito tomar posse" - o que acontecerá na próxima semana.