O Bloco de Esquerda vem alertar a população da Nazaré para o desaparecimento de imóveis que se revelaram importantes no desenvolvimento económico-social da vila. A degradação do hospital da Confraria da Nossa Senhora da Nazaré, a demolição do hotel Dom Fuas Roupinho, única estrutura hoteleira que existia na marginal e a transferência do campo de futebol são disso bons exemplos. O hospital, e com ele a maternidade, foi-se degradando a pouco e pouco, a ponto de encerrar algumas das suas funções. O Bloco pretende pressionar o poder central e local, para fazer ressurgir essa valência no hospital da Confraria, e retribuir à Mãe Nazarena a possibilidade de os seus filhos voltarem a nascer na Nazaré. Os nossos filhos só são naturais da Nazaré porque a lei faculta essa possibilidade. A perda do hotel Dom Fuas é o paradigma de que “o betão é quem mais ordena” na Nazaré. O desenvolvimento só é possível com o apoio à criação de unidades que gerem emprego e não com a sua destruição. Com o Bloco no terreno a oposição a este desaparecimento era, seguramente, mais feroz. O Bloco denunciava na rua e no local essa atrocidade. Na altura não ouvimos uma única voz discordante. Executivo e oposição parecem satisfeitos com tamanha ‘desgraça’. Estavam pois em sintonia. A passagem do antigo campo de futebol para o complexo desportivo é outro dos processos que não está ainda totalmente esclarecido. Exigimos saber o que se passou. “Os Nazarenos” merecem respeito. Isto revela também a influência que o betão continua a ter neste município. Os amantes do Grupo Desportivo “Os Nazarenos” perderam o ‘seu’ campo e com ele a vontade de assistir aos jogos de futebol. Ver futebol era o passatempo sadio das nossas gentes, que passavam todo o fim- de semana no campo municipal a incentivar os nossos jovens. Neste momento, o estádio apresenta número de presenças absolutamente irrelevantes. O mais grave de tudo é que estas importantes infra-estruturas foram desaparecendo dos nossos olhares, com claros prejuízos para os nazarenos, ao longo da última década, desaparecimento que teve a complacência de toda a sociedade civil, oposição incluída.
